“Vou e não volto”
O Paulo foi transparente e nem os companheiros se mostraram surpresos.
“-Ele precisa é que o ouçam para esquecer” .
O Paulo trabalha em França, foi chamado para ir a tribunal.
Tinha consigo vários documentos que nos mostrou.
Não vamos dar razão a nenhuma das partes nem julgar nenhuma das partes.
Sabemos que tem um filho que o fazem mover montanhas e por isso foi trabalhar para França.
“Todos os meses nada lhe faltou, faltei eu porque não queria que a infância do Enzo fosse como a minha”.
Neste momento ainda não sabe quando pode voltar a ver o filho e adorava contar a sua história para que soubessem a verdade, toda a verdade.
Domingo regressa a França
” vou ficar aqui a fazer o quê? Ao menos vou, trabalho e o tempo passa mais rápido. Estar aqui sem poder ver o meu filho é matarem-me aos poucos .
Só gostava que ele soubesse que foi o amor que me levou para fora …só isso.
Queria dar-lhe um beijo e não posso?
Nesta ****a de vida além do pai vai faltar a prenda .”
Não vai não, Paulo!
O Enzo terá uma prenda , o Pai Natal não se esqueceu dele .
Hoje já começamos a tentar falar com a mãe e mais uma vez , não tiramos partido de nenhum lado .
No meio destas desavenças que começam a ser muito habituais, só pensamos no Enzo…desculpem!
A mãe aceitou dar – lhe o presente mas recusa contar quem deu mas para nós é indiferente ,logo que o menino tenha uma prenda para abrir.
Só pedimos um favor a quem nos acompanha : tentem não envolver os filhos e usá-los como castigo por uma relação não dar certo.
Quem sofre? Os vossos filhos que não devem ser usados como moeda de troca ou vinganças.
O Paulo vai e não volta…e nós vamos estar atentos ao pequeno de sardas nas bochechas e de cabelo ruivo.